Antigamente, o setor de compras tinha a missão bem definida. Isto é, adquirir bens e serviços gastando o mínimo possível e seguindo as regras da empresa.
No entanto, esse papel evoluiu.
Vivemos em um mundo onde as cadeias de fornecimento são imprevisíveis e tudo está se digitalizando rapidamente. Neste contexto, o papel do setor de compras precisou evoluir.
Atualmente, espera-se que o CPO (Chief Procurement Officer) e suas equipes sejam orquestradores de valor, integrando fornecedores, tecnologia, dados e estratégia empresarial.
De acordo com o Gartner, se esses líderes querem aproveitar o potencial das novas tecnologias para gerar resultados, precisam criar uma estrutura de governança de dados, privacidade e gestão de riscos.
Já uma pesquisa da Deloitte mostra outro dado interessante: empresas que se destacam no mercado investem cerca de 20% (ou mais) do orçamento de compras em tecnologia. E o retorno? Significativo.
Esses números comprovam que a transformação no setor de compras virou realidade para quem está à frente.
E você, quer entender melhor como funciona esse novo modelo e o que muda dentro das organizações? Continue lendo e descubra.
O que mudou no papel do CPO e do setor de compras?
Em resumo, o CPO deixou de ser apenas o responsável pela gestão de fornecedores e contratações.
Agora, ele deve desempenhar o papel de parceiro estratégico da empresa, trabalhando em conjunto com as áreas de finanças, operações, sustentabilidade e tecnologia.
Da mesma maneira, a equipe de suprimentos precisa fazer a transição de execução de ordens para análise, governança e antecipação.
Por exemplo:
- Em vez de apenas cumprir orçamentos e processos, o departamento de compras começa a traçar estratégias de categoria, identificar riscos na cadeia e promover a inovação com os fornecedores;
- Espera-se que a área gere valor não só por meio da redução de custos, mas também ao desenvolver novos modelos de entrega, sustentabilidade, resiliência e vantagem competitiva;
- De acordo com o mesmo estudo da Deloitte, organizações com alto grau de maturidade digital em compras estão substituindo tarefas de baixo valor por tecnologia e direcionando o esforço humano para a geração de valor estratégico.
Apesar de ser o cenário ideal, essas mudanças demandam alterações na mentalidade, na estrutura organizacional, nas habilidades e nas métricas do time.
Da aquisição para a orquestração: como os processos P2P evoluem?
Como comentamos no início deste artigo, o ciclo procure-to-pay (P2P) está evoluindo para um modelo de orquestração integrada. Nesse caso, a área de compras passa a interagir com fornecedores, TI, finanças, operações e toda a cadeia de valor.
Principais vetores dessa evolução:
- Automação e integração de processos: eliminam atividades manuais repetitivas, com foco em criar um fluxo contínuo entre requisição, sourcing, contrato, recebimento e pagamento;
- Visibilidade ponta-a-ponta da cadeia de valor: uso de dados em tempo real para monitorar fornecedores, prazos, performance, riscos e oportunidades;
- Integração estratégica de fornecedores: em vez de apenas fornecedores transacionais, eles passam a atuar como parceiros de inovação, ou seja, capazes de colaborar em modelos mais ágeis e de valor agregado.
Podemos dizer que esse novo modelo transforma a função do setor de compras em um nó de orquestração, conectando decisões, execução e fornecimento estratégico.
A partir disso, a área passa da simples aquisição para a geração de valor sustentável.
Indicadores de maturidade e práticas de mercado (benchmarks)
Para que o setor de compras transite para esse papel de transformação, é importante definir indicadores de maturidade.
Abaixo, compartilhamos alguns benchmarks com base nas pesquisas mencionadas anteriormente:
- Investimento em tecnologia: as empresas que lideram o mercado destinam entre 24% e 26% do orçamento de compras para tecnologia;
- Retorno do investimento: para cada real investido em IA e tecnologia na área de compras, o retorno é de 3,2 vezes o valor aplicado;
- Automação de contratos: até 2027, metade dos contratos de compras será gerenciada com apoio da inteligência artificial.
Como a UpFlux impulsiona a transformação do procurement?
A transformação da área de compras não acontece apenas com novas ideias. Afinal, ela exige dados confiáveis, visibilidade ponta a ponta e capacidade de execução.
E é exatamente nesse ponto que nos posicionamos como parceiros estratégicos das áreas de suprimentos.
Em resumo, a UpFlux atua em três pilares, totalmente aderentes à realidade e maturidade tecnológica do mercado:
- Visibilidade do ciclo P2P com Process Mining: permite identificar gargalos e retrabalhos, medir o tempo real de ciclo, mapear padrões de não conformidade, além de comparar filiais, categorias e times em uma única linha do tempo;
- Automação orientada a dados: a plataforma avisa automaticamente quando algo diferente do normal acontece, agiliza aprovações e executa tarefas importantes do processo, seguindo regras bem definidas;
- Governança e performance: acompanhe se a equipe está seguindo os processos corretamente, diminua riscos e perdas financeiras, faça tudo mais rápido sem precisar contratar mais gente e tome decisões baseadas em dados confiáveis.
Conclusão
Como você pode perceber, o setor de compras está mudando completamente.
Isso significa que não basta mais “comprar bem”, é necessário transformar.
A área de compras pode assumir seu papel legítimo como orquestradora de valor ao combinar tecnologia, dados, governança e estratégia corporativa.
Estudos da Gartner e da Deloitte mostram as empresas que estão saindo na frente são aquelas que:
- Investem quantias significativas em tecnologia;
- Organizam seus dados;
- Oferecem resultados com múltiplos retornos.
Se o seu departamento ainda funciona principalmente de maneira transacional, chegou o momento de repensar o papel que ele pode desempenhar na organização e contar com a UpFlux como parceira nesse processo.
Dê o próximo passo na evolução do seu Procurement. Agende uma conversa com nossos especialistas e descubra como reduzir retrabalho, acelerar o ciclo P2P e garantir conformidade com base em dados.
Até o próximo conteúdo!
